Número de novos casos bate recorde desde início da pandemia
País contabiliza 500.022 óbitos e 17.822.659 casos, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa com dados das secretarias de Saúde.
A OMS e infectologistas ressaltam que, ao contrário do que afirmou o presidente, além do risco de reinfecção, pessoas imunizadas ainda podem contrair formas leves da doença e transmitir o coronavírus.
“A máscara é um recurso valioso porque serve tanto para a proteção individual quanto de terceiros. No futuro, seu uso pode ser prescindido no Brasil, primeiramente em locais abertos, mas isso quando tivermos maior cobertura vacinal e menor taxa de ocupação nos hospitais”, explica Valeria Paes.
De acordo com o último o boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, publicado na quarta-feira (09/06), o cenário no país é de “alto risco”, com pelo menos 20 Estados e o Distrito Federal, além de 17 capitais, com taxas de ocupação hospitalar iguais ou superiores a 80%. Paes ressalta ainda que a desobrigação do uso de máscaras geraria animosidade social e confusão em relação aos protocolos adotados em diversos ambientes, como os aviões, por exemplo. “Isso dificulta os protocolos de fiscalização. Se um fiscal vê uma pessoa sem máscara, como essa pessoa vai provar que já foi totalmente imunizada contra a doença?” questiona.
Drauzio Varella, um dos médicos brasileiros mais renomados, também insiste na recomendação: “A essa altura do campeonato, depois de tantos testes e estudos, o uso da máscara segue sendo uma das únicas medidas cientificamente comprovadas de controle da covid-19. Não faz sentido suspendermos o uso obrigatório quando apenas 11% da população está imunizada”, escreveu ele no Portal Drauzio, lembrando que os países que optaram por dispensar o uso obrigatório são exceção. “A recomendação da OMS e dos especialistas continua sendo a mesma: use máscara. Máscara salva”, conclui.