Brasil chega a 500 mil mortos por Covid

Número de novos casos bate recorde desde início da pandemia

País contabiliza 500.022 óbitos e 17.822.659 casos, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa com dados das secretarias de Saúde.

Meio milhão de vidas. Esse é o saldo de vítimas que a Covid-19 já deixou em 459 dias desde que chegou ao Brasil, em março de 2020.
A média geral é de mais de 1 mil mortos por dia, mas o ritmo variou e subiu bastante desde o começo de 2021. No pior momento, em abril, chegamos a registrar média móvel semanal acima de 3 mil mortos diários; nos últimos dias, voltamos a ver essa média bater a marca de 2 mil vidas por dia, o que preocupa diante da lenta evolução nos números de vacinados.
No início da tarde deste sábado (19), o total de mortos chegou a 500.022, e o de casos confirmados, a 17.822.659, segundo dados levantados pelo consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia no Brasil. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
A marca dos primeiros 100 mil óbitos no Brasil foi atingida quase 5 meses – 149 dias – após a primeira pessoa morrer pela doença no país. Dos 100 mil para os 200 mil, passaram-se outros 5 meses – 152 dias. Já para chegar aos 300 mil, foram necessários somente 76 dias, período que caiu quase pela metade quando chegamos a 400 mil em mais 36 dias.
Agora, de 400 mil a 500 mil mortes o salto se deu em 51 dias, evidenciando que a queda no ritmo de mortes não foi tão significativa assim passado o pior momento. A média móvel de novas mortes está em alta e, na sexta-feira (18), bateu a marca de 2 mil pelo terceiro dia seguido. A tendência de novos casos também está em alta e, na sexta, o país registrou o recorde de diagnósticos positivos registrados em um único dia desde o início da pandemia: 98.135.
Em números totais, o Brasil segue como o segundo país com mais mortes por coronavírus registradas, atrás apenas dos Estados Unidos — que esta semana superou a marca de 600 mil vítimas. A Índia aparece em terceiro, com mais de 380 mil óbitos.
USE MÁSCARA !

A OMS e infectologistas ressaltam que, ao contrário do que afirmou o presidente, além do risco de reinfecção, pessoas imunizadas ainda podem contrair formas leves da doença e transmitir o coronavírus.

“A máscara é um recurso valioso porque serve tanto para a proteção individual quanto de terceiros. No futuro, seu uso pode ser prescindido no Brasil, primeiramente em locais abertos, mas isso quando tivermos maior cobertura vacinal e menor taxa de ocupação nos hospitais”, explica Valeria Paes.

De acordo com o último o boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, publicado na quarta-feira (09/06), o cenário no país é de “alto risco”, com pelo menos 20 Estados e o Distrito Federal, além de 17 capitais, com taxas de ocupação hospitalar iguais ou superiores a 80%. Paes ressalta ainda que a desobrigação do uso de máscaras geraria animosidade social e confusão em relação aos protocolos adotados em diversos ambientes, como os aviões, por exemplo. “Isso dificulta os protocolos de fiscalização. Se um fiscal vê uma pessoa sem máscara, como essa pessoa vai provar que já foi totalmente imunizada contra a doença?” questiona.

Drauzio Varella, um dos médicos brasileiros mais renomados, também insiste na recomendação: “A essa altura do campeonato, depois de tantos testes e estudos, o uso da máscara segue sendo uma das únicas medidas cientificamente comprovadas de controle da covid-19. Não faz sentido suspendermos o uso obrigatório quando apenas 11% da população está imunizada”, escreveu ele no Portal Drauzio, lembrando que os países que optaram por dispensar o uso obrigatório são exceção. “A recomendação da OMS e dos especialistas continua sendo a mesma: use máscara. Máscara salva”, conclui.

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