“Prevejo que Glenn, que já ataca o Judiciário brasileiro como autoritário por fazer cumprir o Estado de Direito, expandirá isso para todo o governo Lula”, analisou jornalista
O jornalista estadunidense Brian Mier teceu duras críticas ao colega de profissão Glenn Greenwald por ter defendido apoiadores do terrorismo brasileiro, como o youtuber Monark, alegando que estão sofrendo uma suposta “censura” do Judiciário nacional.
“Glenn Greenwald passou ano eleitoral cometendo assassinato de reputação contra Lula taxando-o como “neoliberal”. Isso falhou, então ele vai para o plano B: chamá-lo de “autoritário”. Ele precisa gastar mais tempo aprendendo sobre as leis do Brasil e menos tempo defendendo fascistas pomposamente”, escreveu Mier em seu perfil no Twitter.
O jornalista estaduniense ressaltou que as medidas adotadas contra simpatizantes de golpistas refletem uma preocupação do Brasil contra uma possível volta da ditadura: “a ditadura militar do Brasil costumava torturar crianças na frente de seus pais e enfiar ratos na vagina de prisioneiros políticos. Quando a constituição de 1988 foi redigida, eles consideraram um crime grave tentar trazer de volta uma ditadura. Isto não é os EUA”.
“Meu uso de “ele vai” no tweet de abertura é como uma estrutura gramatical usada para falar sobre o futuro. Estou prevendo que Glenn, que já está atacando o Judiciário brasileiro como autoritário por fazer cumprir o Estado de Direito, expandirá isso para todo o governo Lula”, analisou Mier.
O jornalista também destacou a relação de proximidade de Glenn com Monark, que já defendeu a existência de um partido nazista no Brasil: “durante a década de 1930, o Brasil tinha o 2º maior partido nazista do mundo. Hoje, como na Alemanha, apologia ao nazismo é ilegal. Quando um podcaster fascista chamado Monark apoiou a ideia de legalizar o nazismo, ele foi demitido. Glenn o declarou vítima de censura e o ajudou a encontrar um novo emprego”.
“Glenn agora está fora de forma porque os tribunais brasileiros ordenaram que as contas de mídia social de Monark fossem retiradas. A lei brasileira não apóia o absolutismo da liberdade de expressão ao estilo do Cato Institute. Ele clama por “harmonia entre direitos”. Na lei brasileira, “harmonia de direitos” significa que um direito não pode ser usado para suprimir outros direitos. Incitar um golpe militar pode ser um discurso protegido nos EUA, mas não é no Brasil. Portanto, a sobreposição de Glenn do absolutismo da liberdade de expressão em um contexto jurídico brasileiro é imperialista”, concluiu Mier.