Olavo de Carvalho deixa o Brasil “à francesa” após PF intimá-lo a depor

Após a defesa do guru bolsonarista dizer à corporação policial que ele não poderia depor por condição frágil de saúde, Olavo aparece em casa nos EUA

A passagem do filósofo Olavo de Carvalho no Brasil foi encerrada às pressas neste fim de semana. A volta repentina para a Virgínia, estado onde mora nos Estados Unidos, foi feita após a Polícia Federal intimar o guru bolsonaristas para depor sobre o inquérito que investiga a existência de milícias digitais para enfraquecer as instituições democráticas brasileiras. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

Intimado pela PF em 9 de novembro, a defesa de Olavo informou à corporação que o guru estava impossibilitado por ainda estar debilitado e em tratamento de saúde. No entanto, na terça-feira (16/11), o canal do Youtube do bolsonarista foi atualizado com um vídeo em que ele aparece no cenário tradicional, a biblioteca da casa de Olavo, e informa que estava em terra estadunidense.

“Estou em casa, a mesma de sempre. A história é muito breve: eu estava no hospital e me ofereceram um voo repentino. Eu fui, entrei no avião e viemos para cá”, contou o filósofo.

No entanto, Olavo não fala sobre a suposta intimação da PF, mas comenta sobre a investigação feita pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) acerca da internação dele no hospital público Incor.

O processo do MPSP foi aberto pelo órgão logo após Olavo chegar ao país, no início de julho, para receber cuidados médicos para problemas respiratórios. Ele foi internado, diretamente e sem demora, no Incor. Na ocasião, a Folha de S. Paulo publicou reportagens que denunciavam uma suposta negociação “secreta” entre agentes do governo Bolsonaro e médicos do hospital para priorizar a internação de Olavo.

“Eu não ia perder essa oportunidade. Mesmo porque logo que cheguei ao Brasil e fui internado no Incor, apareceu uma convocação das autoridades ao diretor do Incor, Dr Ramirez, para que explicasse como fui parar lá”, conta. “Como se fosse preciso explicar a entrada de um paciente em um hospital público onde entrei pela via da emergência como todo mundo. Não havia segredo nenhum, favorecimento nenhum”, declarou.

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