Lira pede pacificação e diz que compromisso com urnas eletrônicas é ‘inadiável’ em 2022
Em pronunciamento nesta quarta-feira (8) para comentar as manifestações antidemocráticas desta terça-feira (7), o presidente da Câmara Lira defendeu a “pacificação” entre os poderes e disse que o país tem compromisso “inadiável” com as urnas eletrônicas em 3 de outubro de 2022, ao se referir às eleições do ano que vem.
Ao discursar em atos em Brasília e São Paulo, Bolsonaro atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), ao qual fez ameaças de caráter golpista. Também votou a defender o voto impresso, proposta arquivada após decisão do plenário da Câmara.
Lira não mencionou diretamente o presidente Jair Bolsonaro nem se referiu à possibilidade de abrir processo de impeachment, com base em um dos vários pedidos protocolados na Câmara. Pela Constituição, cabe unicamente ao presidente da Câmara dar início ao procedimento do impeachment. Até agora, Lira não demonstra estar disposto a aceitar algum dos pedidos.
Bravatas nas redes
Lira criticou “bravatas em redes sociais” que, segundo ele, causam efeitos negativos no “Brasil de verdade”.
“”Conversarei com todos, e com todos os poderes. É hora de um basta a essa escalada em um infinito looping negativo. Bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade. O Brasil que vê a gasolina chegar a R$ 7 reais, o dólar valorizado em excesso e a redução de expectativas”, disse o presidente da Câmara.
Lira afirmou ainda que a Câmara vai se colocar como um “motor da pacificação”. Ele enfatizou que o país não conseguirá superar a crise socioeconômica sem união e solidariedade.
“A Câmara dos Deputados apresenta-se hoje como um motor de pacificação. Na discórdia, todos perdem, mas o Brasil e a nossa história tem ainda mais o que perder. Nosso país foi construído com união e solidariedade e não há receita para superar a grave crise socioeconômica sem estes elementos”, completou.