‘Quem quiser fazer política, tira a farda’, diz Lula sobre militares

As pessoas estão aí para cumprir suas funções, e não para fazer política. Quem quiser fazer política, tira a farda, renuncia a seu cargo, cria um partido político e vá fazer política.

“O Brasil é um país muito grande, o Brasil tem uma fronteira muito grande, tanto a marítima quanto a fronteira terrestre, o Brasil têm uma população grande, e nós precisamos então ter umas forças armadas preparadas e fortalecidas para que a gente cumpra aquilo que está na Constituição, a defesa do povo brasileiro contra qualquer possível ataque externo. Ou seja, nós estamos tranquilos”, acrescentou, na sequência.

Conversa com militares. Lula disse que terá uma nova conversa com os comandantes das Forças Armadas e com o ministro da Defesa, José Múcio.

Levantamento feito pelo UOL no Diário Oficial da União do dia 1º deste mês até hoje mostra que os militares dispensados estavam lotados em diferentes órgãos ligados à Presidência, como:

  • GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pela segurança do presidente;
  • Gabinete pessoal da Presidência da República;
  • Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da Presidência.

As primeiras dispensas foram publicadas no dia 3, mas se intensificaram depois dos atos terroristas do dia 8, quando o Palácio do Planalto, o STF e o Congresso foram invadidos —Lula tem falado abertamente em conivência das forças de segurança.

Entre ontem e hoje foram mais de 50 dispensas: 40 militares que cuidavam do Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente, e 13 membros do GSI —alguns estavam lotados no escritório do ministério no Rio de Janeiro, cidade onde Bolsonaro vivia. Eles continuam nas Forças Armadas, mas serão realocados em outros postos.

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