Quem é LÁZARO BARBOSA, o serial killer do Cerrado

Com laudo psicológico que o descreve como ‘psicopata imprevisível’, homem tem extensa ficha criminal, fugiu três vezes da prisão e é acusado de diversos crimes.

Lázaro Barbosa, de 32 anos, suspeito de matar uma família em Ceilândia, no Entorno do Distrito Federal, e fugir para a região de Cocalzinho de Goiás, tem uma extensa ficha criminal. De acordo com informações divulgadas pelas secretarias de Segurança Pública de Goiás, Bahia e DF, o homem fugiu três vezes da prisão e é acusado de diversos crimes.

Mais de 200 policiais procuram por ele. O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, informou que o criminoso é “psicopata” e tem facilidade de se esconder por ser mateiro e caçador. Ele também disse que o investigado segue um ritual para matar suas vítimas.

 

Cronologia, segundo a polícia:

  • 2007: Lázaro Barbosa foi preso em Barra dos Mendes, na Bahia, acusado de duplo homicídio. Secretaria de Segurança Pública diz que ele fugiu cerca de 10 dias após a prisão e é considerado foragido desde então.
  • 2009: Criminoso foi preso no Complexo Penitenciário da Papuda (CPP), em Brasília, por suspeita de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo.
  • 2013: Laudo psicológico feito na Papuda descreve Lázaro como “psicopata imprevisível”, com comportamento agressivo, impulsivo, instabilidade emocional e falta de controle e equilíbrio.
  • Março de 2014: Prisão de Lázaro foi convertida para regime semiaberto.
  • 2016: Ele fugiu da Papuda.
  • 2018: Lázaro foi preso em Águas Lindas de Goiás, em cumprimento de três mandados de prisão por homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo, roubo e estupro;
  • 23 de julho de 2018: Lázaro fugiu de Águas Lindas de Goiás.
  • 8 de abril de 2020: Ele invadiu uma chácara em Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, e golpeou um idoso com um machado, sendo indiciado pelos crimes de roubo mediante restrição da liberdade das vítimas e emprego de arma branca e por tentativa de latrocínio.
  • 26 de abril de 2021: Lázaro invadiu uma casa no Sol Nascente (DF), quando trancou pai e filho no quarto e levou a mulher para um matagal e a estuprou.
  • 17 de maio de 2021: Ele fez uma família refém na mesma região, ameaçando os moradores com faca e arma de fogo. Nesse crime, ele mandou as pessoas ficarem nuas e, das 19h até meia-noite, prendeu os homens no quarto e as mulheres tiveram que cozinhar e servir um jantar para ele.
  • 9 de junho de 2021: Lázaro invadiu uma chácara no Incra 9, em Ceilândia (DF), onde matou a tiros e a facadas um casal e dois filhos.
  • 9 de junho de 2021: Roubou uma chácara em Ceilândia após o assassinato da família. Ele teria rendido o caseiro, o dono da propriedade e a filha dele.
  • 12 de junho de 2021: Lázaro fugiu para Cocalzinho de Goiás logo em seguida. Ele atirou em quatro pessoas, invadiu fazendas e colocou fogo em uma casa ao fugir da polícia. Os feridos foram levados a hospitais da região, sendo que dois estavam em estado grave até a terça-feira (15).
  • 13 de junho de 2021: Furtou um carro e o abandonou na BR-070 após avistar uma barreira policial, dando sequência à fuga para uma mata.
  • 14 de junho de 2021: Caseiro de Cocalzinho de Goiás disse à polícia que atirou em Lázaro Barbosa após ele falar que ia entrar na casa. Chacareiro relatou que ele fugiu depois de ser atingido.
  • 14 de junho de 2021: Lázaro foi filmado no curral de uma fazenda entre os distritos de Edelândia e Girassol. A polícia acredita que ele passou a noite no local. O caseiro diz que o homem pediu comida e em seguida fugiu para a mata.
  • 15 de junho de 2021: Dois policiais militares de Goiás foram baleados durante buscas do suspeito. Delegado diz que Lázaro fez casal e adolescente reféns em Edelândia. Uma parente da família relatou os momentos de pânico.

Força-tarefa

Policiais buscam há oito dias por Lázaro. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás, a operação conta com os seguintes recursos:

  • Mais de 200 policiais federais, civis, militares e rodoviários federais;
  • Agentes utilizam uma plataforma de observação elevada, uma espécie de caminhão de vídeo monitoramento. O equipamento consegue fazer imagens de longo alcance e com câmera de infravermelho, que possibilita ver movimentação onde não tem iluminação;
  • Operação fechou um cerco de cerca de 10 km quadrados e criou barreiras nas estradas;
  • Policiais escoltam a região para garantir a segurança dos moradores.

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