O magistrado é investigado por denúncias de supostas negociações de penalidades com advogados e procuradores, atribuídas a ele
Em sessão sigilosa nesta terça-feira (29), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu pelo afastamento do juiz federal Marcelo Bretas (foto), responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, do cargo.
Bretas é investigado por denúncias de supostas negociações de penalidades com advogados e procuradores, atribuídas a ele.
O juiz da Lava Jato no Rio é alvo de três procedimentos no CNJ. Um deles é uma reclamação disciplinar ajuizada pela OAB, que questionou acordos de colaboração premiada celebrados pela PGR —é nesse processo que Bretas é acusado, junto com o Ministério Público, de ter negociado penas, orientado advogados e combinado estratégias. O magistrado nega.
Outro é uma reclamação do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que acusou o juiz de atuar para prejudicá-lo na disputa eleitoral pelo governo fluminense, em 2018. E o terceiro processo é uma reclamação disciplinar instaurada pelo corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão.
Por unanimidade, o colegiado decidiu instaurar um processo administrativo contra o juiz. Os conselheiros do CNJ determinaram também o afastamento do magistrado até a conclusão das investigações.